12 de nov. de 2010

Filmes de terror que se transformaram em videogame - Parte 2

Boa noite amigos do Vai Assistindo, estou aqui para dar continuidade ao especial Filmes de Terror que se transformaram em videogame. Não leu a primeira parte?
Clique aqui e leia.
Continuando então com mais 5 jogos.

Predator
Plataforma: Nintendo Entertainment System (NES)
Ano de lançamento: 1987
Desenvolvedora e distribuidora: Actvision

Inspirado no filme Predador. Tecnicamente falando, Predador não é um filme de terror, mas o fato é que desde sua primeira aparição em 1987, a criatura rastafari já é figura carimbada nos anais dos grandes monstros do cinema, sem contar ainda que o filme conta com um bom nível de gore e um clima de suspense, então dá pra encaixar ele aqui no VA.
Em Predator, o jogador entra na pele do Major Dutch Schaefer, que após ter sua equipe dizimada pelo monstro alienigena, se encontra sozinho na selva e deve lutar pela sua sobrevivência.
O jogador controla o próprio Arnold Schwarzenegger, esse jogo deve ser legal não?
Infelizmente não. O jogo tem predominância pelo gênero plataforma, onde o jogador deve dar saltos precisos para não cair no fundo de abismos. O problema é que o Major Dutch tem um pulo esquisito, sendo o mais comum ao saltar o jogador passar direto por cima do local onde deveria pousar, ocasionando a perda de uma preciosa vida. A arte de pular nesse jogo demora um bom tempo até ser dominada, ou seja, vai ser bem comum o jogador ver a face do Predador estampada em uma tela de Game Over logo na segunda fase.
Além de pular muito, o jogador enfrentará muitos inimigos pelo seu caminho, e para isso poderá contar com algumas armas encontradas durante as fases (se não encontrar nenhuma contará com socos), e aí que está o segundo o problema do jogo, em determinadas situações será necessário fazer o uso de granadas. Só que acertar uma granada em um inimigo é uma tarefa tão medonha, que é necessário ter uma precisão milimétrica e um timing perfeito, tornando algo que deveria ser divertido em uma atividade estressante.
O último e decisivo fator para se manter afastado desse jogo é o seu próprio design em si. Fases mal projetadas, cenários simplórios, inimigos que não se encaixam na proposta do filme, e sem contar que o sprite do Major Dutch é cor de rosa, sim desenharam o Schawarza usando calça cor de ROSA!
A única coisa positiva a respeito desse jogo é que as músicas de fundo são bem trabalhadas e dão um clima legal para a aventura, pena que é muito pouco para fazer com que não se perca o interesse logo nos primeiros minutos de jogatina.

Friday The 13th
Plataforma: Nintendo Entertainment System (NES)
Ano de Lançamento: 1989
Desenvolvedora: Pack-In Video
Distribuidora: LJN

Inspirado na franquia Sexta-Feira 13 (nenhum filme específico). Aqui o jogador está no acampamento Crystal Lake e tem como objetivo sobreviver às investidas do mais conhecido psicopata imortal do cinema, Jason Vorhees!
Para isso o jogador tem a sua disposição seis personagens para sua escolha, sendo 3 homens (George, Mark e Paul) e 3 garotas (Laura, Debbie e Crissie), cada qual com características distintas, sendo que uns se movem mais rápido, outros tem pulo mais alto, outros atiram mais rápido (e por aí vai). A jogabilidade é dividida em duas partes, sendo a primeira delas ação lateral (side-scrolling), onde o jogador explora o acampamento Crystal Lake enfrentando zumbis, que não me lembro de ter visto nos filmes, mas eles precisavam colocar algum tipo de inimigo no jogo, além do próprio Jason. Na ação lateral o jogador deve coletar itens e armas para tornar a empreitada um pouco mais fácil.
Ocasionalmente soará um alarme, e isso significa que algum dos outros personagens está em perigo, nessas ocasiões o jogador deve correr para a cabana indicada no mapa, pois significa que Jason está atacando uma pessoa. Dentro das cabanas a jogabilidade muda e o jogador controlará seu personagem em uma vista de terceira pessoa, pelas costas do personagem.
Nas cabanas o jogador pode trocar de personagem (nas cabanas pequenas), procurar pistas para armas mais fortes e cumprir objetivos como acender todas as lareiras (nas cabanas grandes). Ainda dentro das cabanas é que ocorre a maior parte dos confrontos com Jason (ás vezes ele também aparece na ação lateral).
Friday The 13th, tem um mecânica interessante, gráficos e sons legais. O problema maior é na jogabilidade que é meio estranha. Por exemplo, se o jogador estiver caminhando para direita nas partes de ação lateral, significa que está andando para a esquerda no mapa, no início é bem comum se perder ou fazer um caminho mais longo sem querer para alcançar um objetivo. Já dentro das cabanas também é comum se perder e ficar preso, sem contar que enfrentar Jason (que usa um macacão roxo, uma máscara verde e mais parece estar fazendo cooper) é um verdadeiro martírio, ele se move muito rápido, para tirar um teco de energia dele é necessário acertá-lo muitas vezes e o jogador conta com uma esquiva precária que nunca sai a tempo, e lembrando que é necessário enfrentá-lo várias vezes durante o jogo.

A Nightmare on Elm Street
Plataforma: Nintendo Entertainment System (NES)
Ano de Lançamento: 1989
Desenvolvedora: Rare
Distribuidora: LJN

Inspirado em A Hora do Pesadelo 3 - Guerreiros dos Sonhos. O jogador controla um personagem genérico enquanto explora a Elm Street. O objetivo é entrar nas diversas casas e estabelecimentos da rua e encontrar os ossos de Freddy, para no final queimá-los e destruir o vilão de uma vez por todas. O jogo segue com uma mecânica de plataforma, sendo que cada localidade na rua representa uma fase, e em cada uma delas existe certa quantidade de ossos que o jogador deve coletar para poder prosseguir.
Ainda existe uma barra de sono, que aos poucos vai diminuindo, se ela chega ao fim, o jogo entra no modo do pesadelo. Inimigos se tornam mais difíceis e resistentes, em contrapartida o jogador no modo do pesadelo pode se tornar um guerreiro dos sonhos (apenas se pegou um item específico que permite isso). Existem três formas de guerreiro dos sonhos: Atleta, Mago e Ninja, cada qual com habilidades específicas.
Para voltar ao modo normal o jogador deve encontrar um rádio, que o desperta e completa novamente a barra de sono, entretanto ao chegar no final da fase, independente do quanto a barra de sono está vazia, o jogo entra automaticamente no modo de pesadelo e ocorre uma luta contra um chefe de fase.
O jogo apresenta gráficos, sons e jogabilidade bem fracos (é bem comum errar os pulos e parar no fundo de um abismo sem fundo). Mas o pior mesmo é falta de caracterização.
Músicas, personagens e inimigos que pouco lembram qualquer coisa vista nos filmes de Freddy, sendo que o jogador enfrenta cobrinhas, ratinhos, morceguinhos e outros "inhos" o tempo todo, mas o cúmulo mesmo são fantasminhas (aqueles de lençol branco mesmo).
A despeito disso até que dá pra tirar uns minutos de diversão, e ainda se tiver mais 3 amigos doidos que queiram encaram o jogo, ele aceita multiplayer simultâneo, sendo então controlados dois "genéricos" e duas "genéricas."

Predator 2
Plataforma: Mega Drive (Sega Genesis)
Ano de Lançamento: 1992
Desenvolvedora: Teeny Weeny Games
Distribuidora: Arena Entertainment

Inspirado no filme Predador 2 – A Caçada Continua. Se o primeiro Predador tem vez aqui, por que não o segundo filme também?
Em Predator 2 sai de cena o Major Dutch Schaefer e a ação ocorrida nas selvas e entra o Tenente Mike Harrigan e a selva de pedra Los Angeles. Enquanto luta contra a criminalidade de gangues de traficantes o Tenente Mike Harrigan se depara com estranhos assassinatos de membros das gangues, e aí que se depara com o terrível caçador alienígena, que resolveu agora se divertir na cidade grande.
O jogo segue basicamente o enredo do filme, o jogador controla o Tenente Harrigan e deve enfrentar as gangues de Los Angeles, e ainda tem como objetivo salvar uma quantidade determinada de reféns por fase. O jogo tem uma mecânica de shooter com visão isométrica, onde o jogador deve mandar bala nos inimigos, enquanto procura pelos reféns aparece a mira do Predador, nesse momento o jogador deve se apressar, pois se o vilão encontrá-los antes ele atira seu laser explodindo-o em mil pedaços! Se ele matar determinada quantidade de reféns é Game Over. Vale lembrar que se a mira tocar no Tenente Harrigan quem perde uma vida é o jogador.
Posso dizer que dos jogos dessa parte da lista, esse foi o que mais gostei. Mas o jogo conta com uma dificuldade grande também, sendo que os inimigos tem um comportamento de uma horda zumbi e avançam para cima sem dó nem piedade, sem contar que matá-los só vai retardar um pouco a ação, por que logo que um derrotado em seguida aparece outro. Em contrapartida a cada término de fase o jogador tem direito a uma password, que permite continuar o jogo daquele ponto balanceando um pouco mais as coisas.
O jogo conta ainda com gráficos legais, nada excepcionais mas que cumprem seu papel, acredito mesmo que só a música não combinou muito com o clima de ação de intensa do jogo.

Bram Stoker's Dracula
Plataforma: Super Nintendo (Super NES)
Ano de Lançamento: 1993
Desenvolvedora: Psygnosis
Distribuidora: Sony Imagesoft

Inspirado no filme Drácula de Bram Stoker. O filme na época de seu lançamento foi um grande sucesso, e até hoje é considerado um dos melhores filmes de vampiro já feitos pelo cinema, sendo a mais fiel adaptação da obra do autor inglês para os cinemas.
Aqui o jogador entra na pele de Jonathan Harker e deve lutar contra o próprio conde, mas ao contrário do brilhantismo do filme, o jogo é horrível.
O jogo tem uma ação lateral, onde o jogador deverá enfrentar os servos do conde contando com ataques de espada e algumas armas de arremesso, como estacas ou dinamites, que são limitadas e mais atrapalham do que ajudam. Gráficos feios, sprites com pouquíssimos quadros de animação, jogabilidade ruim, design de fases entediante, tudo isso torna o jogo tão pobre que é até difícil escrever um texto mais detalhado sobre ele.
O jogo ainda teve uma versão para o console Mega Drive, que embora tenha os mesmo gráficos e sprites da versão Super NES, conta com design de fases e música diferentes. Mas mesmo sendo diferente o jogo é igualmente ruim no console da Sega.

Ficamos por aqui com a segunda parte do especial e não se esqueçam de participar nos comentários.
That’s All Folks!

5 comentários:

  1. Rapaz, Predador (NES) é HORRÍVEL, pqp! Jogabilidade detestável, design terrível, reparou que abaixar nesse jogo não serve pra nada? kkkkkk E o pior é que o fdp é LONGO!

    Os demais, não joguei nenhum, mas me interessou o de Megadrive! Quem sabe em um futuro próximo eu não dê uma chance ao jogo XD

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  2. @Sabat
    Pior que baixar esse jogo é te-lo. E infelizmente eu o tive quando moleque...hehehehe.

    O Predator 2 do Mega é legalzinho, não é nenhum classicão, mas dá para se divertir. O Sexta-Feira 13 do NES é interessante depois que se dribla a dificuldade e a jogabilidade estranha se tem um joguinho razoável também.

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  3. Mas predador não é Sci-Fi?

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  4. @Felipe
    Repetindo o primeiro paragrafo do texto:
    " Tecnicamente falando, Predador não é um filme de terror, mas o fato é que desde sua primeira aparição em 1987, a criatura rastafari já é figura carimbada nos anais dos grandes monstros do cinema, sem contar ainda que o filme conta com um bom nível de gore e um clima de suspense, então dá pra encaixar ele aqui no VA."

    Ok?

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