Título no Brasil: Janela Indiscreta
Título Original: Rear Window
País de Origem: EUA
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 112 min.
Ano de Lançamento: 1954
Estúdio/Distrib.: Paramount Pictures
Direção: Alfred Hitchcock
Elenco: James Stewart (L. B. Jeffries); Grace Kelly (Lisa Carol Fremont); Wendell Corey (tenente Thomas J. Doyle); Thelma Ritter (Stella); Raymond Burr (Lars Thorwald); Judith Evelyn (Srta. Lonelyheart). [+]
Sinopse: Em Greenwich Village, Nova Iorque, o fotógrafo profissional L.B. Jeffries está confinado em seu apartamento por ter quebrado a perna enquanto trabalhava. Como não tem muitas opções de lazer, vasculha a vida dos seus vizinhos com uma lente teleobjetiva, quando vê alguns acontecimentos que o fazem suspeitar que um homem matou sua mulher e escondeu o corpo. Com a ajuda de sua noiva Lisa, Jeff vai tentar provar que está certo.
Uma das obras mais enigmáticas e bem elaboradas de Hitchcock, Janela Indiscreta se baseia em suspeitas e elementos sutis para tornar a trama aparentemente simples bem confusa e ambígua. Em todos os momentos, temos a certeza de que houve um assassinato, mas não temos a mesma certeza de que o principal suspeito seja realmente o assassino, afinal, a única prova é o que foi visto por Jeffries, que pode ou não ter imaginado a situação. O protagonista foca insistentemente nesta pessoa, mas será realmente ela? Você fica na duvida até o momento do desfecho que, apesar de não impressionar, é bem elaborado.
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Espiando a vida dos outros? Que coisa feia! |
Apesar de ser bem desenvolvido, seu desfecho não tem a mesma qualidade, não chega a surpreender, entretanto também não é em suma ruim. Porque, afinal, houve mesmo um assassinato? O espectador tem uma visão um pouco mais ampla da situação, mas presos a evidencias pouco esclarecedoras adquiridas pelo fotógrafo. Desta forma, como toda informação “bisbilhotada” pela janela, tudo é incerto, até a ponto de crer que seja apenas uma histeria criada pela imaginação do protagonista. Hitchcock manipula o interesse e o cetismo do espectador para criar um ambiente envolvente, provocando quem assiste em momentos apropriados e convenientes.
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Como solucionar um crime sem poder sair de casa? |
Mesmo com seus defeitos a serem considerados, a trama consegue atrair toda a atenção do público, deixando-os ansiosos e livres para elaborarem suas próprias teorias sobre o que se passa. Várias vezes temos a impressão de estar vivenciando essa trama, entretanto, isso não se deve só a história, mas também ao jogo de câmeras e aos diálogos muito bem escritos. As atuações são notáveis, mesmo que em certos momentos um ou outro personagem se expressa de forma muito artificial, porém não chegam a atingir uma margem gritante. Realmente, este é um dos filmes do diretor que o público acaba se sentindo como personagem na trama.
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Sorria, você está sendo observado.
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Com sua dinâmica interessante e bem aproveitada, fica fácil acompanhar o rumo do filme. As atuações dos protagonistas são verdadeiramente notáveis, e a temática se aproxima do espectador, pois é um mistério urbano sobre vizinhos, uma abordagem contemporânea que não deixa de aproximar-se da vida cotidiana. Não há como descrever muito e criticar a esse filme sem acabar revelando informações importantes, pois é muito tentador fazer algumas revelações antecipadas, mas acreditem quando digo que vale os 112 minutos sentados. Mais um suspense arrebatador do grande mestre do gênero, e com certeza um dos títulos mais bem trabalhados que já produziu.
Nota (0-10): 9
Trailer
Com certeza, é um dos maiores clássicos do suspense. Mas eu pensava que era um pouco mais recente. Não sabia que era de 1954.
ResponderExcluirEm 2006, quando o Ryan Schifrin lançou Abominável, ele pretendeu fazer uma versão de terror de Janela Indiscreta. Só que o assassino foi substituído por um monstro: um personagem cadeirante que não tem muito o que fazer em seu tempo livre começa meio sem querer a observar a casa da vizinha, até o dia em que vê um monstro chegando lá e matando uma garota.
Acho que o resultado ficou legal.