Título Original em Sueco: Häxan
País de Origem: Suécia/Dinamarca
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 104 min.
Ano de Lançamento: 1922
Estúdio/Distrib.: Janus Films
Direção: Benjamin Christensen
Elenco: Maren Pedersen (Bruxa); Clara Pontoppidan (Freira); Elith Pio (Jovem Monge); Oscar Stribolt (Monge Gordo); Tora Teje (Cleptomaníaca); John Andersen (Chefe Inquisitor). Benjamin Christensen (Diabo); Karen Winther (Anna). [+]
Sinopse: Häxan documenta as perseguições movidas contra as feiticeiras numa Europa atravessada pela intolerância religiosa. O filme é narrado na primeira pessoa, como se o diretor desejasse demonstrar uma tese que, de fato, é assim enunciada: "A crença nos maus espíritos, feitiçaria e bruxaria é o resultado de ingênuas noções sobre o mistério do universo". Torturas, possessões rituais de Sabá são aqui dramatizados numa narrativa de documentário dramatizado, ilustrando uma série de hipóteses cientificas entre o nosso mundo moderno com o período da Inquisição.
Vai Lendo!
Uma junção de sete capítulos, Häxan conta de forma didática e nada ética o conceito de feitiçaria, os mitos envolvidos, torturas feitas pela inquisição e como a ciência moderna desmente a bruxaria. De forma bem simples, o filme aborda ataques demoníacos à sintomas de distúrbios mentais, como a sonambulismo e a cleptomania. O visual do filme é macabro, e algumas das cenas são realmente nada cristãs, não foi em vão que foi censurado e banido em vários países quando estreou, pois a obra foi tão polêmica que o próprio diretor teve que fazer o capeta.
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Mais tenebroso do que aquela festa de halloween do Yazigi. |
A maquiagem é impressionante, e com certeza é um dos pontos mais fortes da obra. Algumas das cenas se resumem em explicações de ilustrações que, por razões mais do que justificadas, não puderam ser reproduzidas com e por pessoas. O filme é provocador, para 1920, onde padres e freiras são seduzidos por demônios, e algumas chegam a ser hilárias, como, por exemplo, um grupo de bruxas beija o traseiro do tinhoso. Os feitos visuais não são de primeira linha, e o primeiro capítulo é um teste de paciência, e o restante se segue com uma narrativa lenta, porém interessante.
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“Pernas de sapo, dedo de defunto...” |
Häxan é bizarro de várias formas, mesmo não possuindo o mesmo impacto que já possuiu. As atuações são boas, mesmo que não haja protagonistas, pois o foco é a concepção de feitiçaria, e ao ser apresentado em forma de tese reforça essa ideia. A estética gótica misturada com os efeitos de sombra criam um padrão que virá a ser imitado e aperfeiçoado, porém grande parte continuará a ser preservada. É necessário ter uma paciência para ser assistir a esse filme, verdade, entretanto acho bem compensador.
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É você Satanás? |
O filme foge do padrão típico do gênero, pois originalmente era para ser um simples documentário, entretanto empolgaram tanto na ideia que acabou resultando no terror que é. O roteiro é simples, nada extravagante, mas é o visual (novamente resaltado) é que garante o charme e a repulsa que rodeiam Häxan. O filme é diferente do convencional, tanto para a época quanto para os dias de hoje, sendo criativo e ousado, além de ser um dos primeiros filmes de terror a mencionar a tão clichê possessão demoníaca. Apesar dos seus defeitos, há méritos demais que impedem que essa obra seja menosprezada.
Nota (0-10): 8
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