24 de jul. de 2014

Frozen - Uma Aventura Congelante (Frozen)

Título no Brasil: Frozen - Uma Aventura Congelante
Título Original: Frozen
Ano de Lançamento: 2013
Gênero: Animação
País de Origem: EUA
Duração: 102 minutos
Direção: Chris Buck / Jennifer Lee
Estreia no Brasil: 03/01/2014
Estúdio/Distrib.: Walt Disney Pictures
Idade Indicativa: Livre

Sinopse

Anna (voz de Kristen Bell), uma jovem otimista destemida, junta-se ao ousado homem da montanha Kristoff (voz de Jonathan Groff) e seu parceiro, a rena Sven, em uma jornada épica, encontrando místicos trolls, um boneco de neve extraordinário e engraçado chamado Olaf, em condições climáticas extremas como as do Everest e magia a cada passo, em uma corrida para encontrar Elsa, a irmã de Anna (voz de Idina Menzel), a Snow Queen, e salvar seu reino do inverno eterno.

Vai Lendo!

Todo mundo está falando dessa animação há meses e amigos me disseram para assistir já faz um tempo, porém estava com um pé atrás por se tratar de uma produção apenas da Disney, sem Pixar no meio. Entenda que amo as animações da Pixar, pouquíssimas me decepcionaram (acho que foi só Os Incríveis que me desagradou). Já se tratando da Disney, os desenhos em computação gráfica deixaram muito a desejar, como O Galinho Chicken Little e Detona Ralph. Sobre esse último nem vou dizer muito, deixo para uma próxima postagem, só digo que considerei uma animação fraquíssima, forçada e extremamente vergonhosa.

Quando vi que Frozen era apenas da Disney já imaginei que se seria um outro Detona Ralph. Não queria nem ver! Mas todo mundo me falou tanto e toda hora via notícias e vídeos e tudo mais sobre esse filme que acabei não resistindo e assisti. E quer saber? Gostei muito!


Como garota nascida no início dos anos 90 assisti muitas animações de princesas da Disney. Ok, eu sempre fui mais de histórias com bichinhos como O Rei Leão, A Dama e o Vagabundo ou O Cão e a Raposa, mas até que gostava bastante de desenhos como A Branca de Neve ou A Pequena Sereia. Só não gostava tanto por causa do romance e não era lá uma criança que achava isso lindo. Pra falar a verdade, achava chato pra caramba. Depois dos 10 anos, até passei a gostar mais dos romances e por volta dos 13 anos comecei a gostar muito também das canções desses desenhos. Frozen me impressionou primeiramente justamente pelas músicas. Se você se lembra das músicas dos desenhos antigos, notará o quanto foi fantástico a modernização das canções neste desenho. Não ficaram chatas, não ficaram sem sentido, não ficaram aquele moderninho forçado tanto visto em outras animações recentes de outros estúdios. Ficaram simplesmente perfeitas para a atualidade e para as crianças de hoje! Amei em todos os sentidos as músicas. Modernas, gostosas de ouvir e contam a história do que está acontecendo ou do que o personagem está sentindo. Não dá mais para fazer músicas como as de antigamente para os desenhos, mas também não precisa colocar um som da Rihanna ou Miley Cyrus no meio só pra ficar moderno. Com letras legais e ritmo envolvente, as músicas desse filme são uma maravilha!


Outra ponto admirável é a história. Não se trata de um príncipe resgatando uma princesa, uma donzela indefesa que desmaia e deve ser despertada com um beijo ou esses clichês básicos dos desenhos antigos. A Disney procurou ir totalmente contra as histórias das suas próprias produções anteriores. E não foi a primeira vez, já que o ótimo filme Encantada (2007) com Amy AdamsPatrick Dempsey também foi por essa linha. Nele, a garota Giselle (Amy Adams) pretende se casar com o príncipe que a salvou, porém ela nem o conhece! Acaba que se apaixona pelo pai solteiro Robert Philip (Dempsey), um cara que não tem nada de um "príncipe encantado", mas é um homem simples e atencioso que ela acaba realmente conhecendo.


Em Frozen, temos praticamente o mesmo conceito para relacionamento amoroso, porém o foco não é esse e sim nas duas irmãs, Anna e Elsa, e no relacionamento distante entre elas. Ficou bem legal esse ponto e em sobre os relacionamentos amorosos também ficou ótimo para essa nova geração de garotas, já que não incentiva que as mesmas futuramente esperem inutilmente encontrar um príncipe encantado. Agora só está faltando a sociedade ensinar aos garotos a não esperarem por uma gostosona de filme pornô que fará de tudo por eles como um cachorrinho adestrado ;D. 

Who likes warm hugs? :B

Ainda na questão de relações amorosas, outro ponto que serve de exemplo para as crianças e jovens, tanto garotas quanto garotos, é a questão dos gostos de um casal. Em Frozen a princesa Anna diz amar um cara só porque ele é bonito e tem exatamente todos os mesmos gostos que ela. Isso te lembra o que? Sim, a adolescência. Adolescente, por imaturidade, tende a querer namorar alguém com gostos idênticos ao seu. Você já notou como é menina e menino nessa idade? Eles se "apaixonam" por aquela fulana ou aquele sicrano que escuta as mesmas músicas que ele, anda no mesmo estilo, tem amigos em comum, fala do mesmo jeito, assiste os mesmos programas e gosta dos mesmos filmes. Eles acham isso simplesmente o máximo! E se a pessoa ainda for bonitinha, aí pronto, eles acham que é amor. Mas não é. Com o tempo aprendemos que o divertido em uma relação é ter algumas diferenças, pois só assim o casal irá crescer, amadurecer, formar novos conceitos, e claro, não irão cair no tédio. Cara, namorar um espelho deve ser chato pra caramba, não é mesmo!? Mais tarde no desenho, Anna conhece Kristoff, um jovem plebeu simples e bruto, bem diferente dela. E claro, dá muito certo.

Esse boneco de neve é demais. Nunca nos esqueceremos do Olaf.

Em diversos aspectos Frozen surpreende. A animação em si, os traços dos personagens e tal, também é muito bem feita. O único ponto que deixou um tanto a desejar foi a sequência final que para mim foi muito corrida. Não ficou chata, nem nada assim. Apenas demasiadamente corrida. Poderiam ter cortado algumas cenas e estendido um pouco o final, pois o desfecho deveria ter sido magnífico como o restante do filme.

No final das contas, compensa ver ou não? Compensa sim! É divertido, diferente e até inteligente. Uma animação que finalmente deu orgulho de ver. Só torço para que as próximas da Disney sejam tão bem feitas quanto. Lembre-se sempre de prestar atenção nos estúdios que fazem determinadas animações. Eu por exemplo prefiro as da Pixar e detesto as da Dreamworks. Dessa última só gostei do Como Treinar Seu Dragão (que nem é muito criativo, mas é bem legal). A Dreamworks Animations me parece que tende a copiar algumas animações de sucesso da Pixar e de forma chatérrima. Esse é um dos fortes motivos pelos quais não gosto desse estúdio. A Pixar desenvolvia filmes juntamente com a Disney, sendo a Pixar responsável pela produção das animações e a Disney apenas pela distribuição. Em 2006 a Disney comprou a Pixar, mas ainda há diferenças notáveis de produção desses estúdios. Quando um filme é só da Disney, tende a ser bem mais fraco. Ainda nessa "disputa" por animações em computações gráficas, temos a 20th Century Fox, estúdio responsável pela tetralogia A Era do Gelo e a Universal Stúdios, responsável pelo sucesso Meu Malvado Favorito 1 e 2 (que honestamente não acho grande coisa e não entendo o que o povo vê de tanta graça nesses filmes...). 

"Lérigoou! Lérigooou!"

Febre mundial, sendo menino ou menina, adulto ou criança, vale a pena assistir Frozen e dá para se divertir muito (principalmente com o Olaf e o Sven)! Se você sabe ler, recomendo que assista legendado, as canções ficam mais interessantes (em especial a Let It Go).

Nota (0-10): 9,0 (menos 1 pelo final demasiadamente apressado).

TRAILER


CURIOSIDADES

Terceira tentativa: Esta foi a terceira tentativa da Walt Disney Pictures em adaptar o conto "A Rainha do Gelo" para o cinema. A primeira aconteceu em 2002, mas o diretor Glen Keane acabou abandonando o projeto. Em 2009 o projeto foi trazido de volta à tona, com Kirk Wise e Gary Trousdale sendo contratados como diretores, Don Hahn como produtor e Linda Woolverton como roteirista. Entretanto, mais uma vez o projeto não andou. Apenas no ano seguinte, em 2010, é que a adaptação enfim saiu do papel.

Quebrando tabus: Jennifer Lee é a primeira mulher a dirigir um longa-metragem de animação produzido pela Walt Disney Pictures. Ela é também a primeira mulher a roteirizar sozinha uma animação do estúdio desde A Bela e a Fera (1991), cujo roteiro foi escrito por Linda Woolverton. (Legal isso!)

Dois anos depois: Idina Menzel fez audições para dublar a personagem Rapunzel em Enrolados (2010), mas não foi escolhida para o papel. Entretanto, um diretor de audições da Disney lembrou dela durante a seleção de candidatos para Frozen, ocorrida dois anos depois. Com isso, a atriz acabou ficando com a personagem Elsa.

Vilã modificada pela canção: Inicialmente a rainha Elsa seria a grande vilã de Frozen, mas os produtores resolveram alterar a personagem após ouvirem a canção "Let It Go". Eles consideraram que a canção, além de ser muito atraente, ressaltava questões positivas demais para uma vilã. Com isto, o roteiro foi reescrito para que Elsa se tornasse uma jovem inocente que está em pânico por não conseguir controlar seus poderes.

Lógico, a melhor e mais marcante canção do desenho e a melhor para um longa animado dos últimos anos.

Homenagem: O príncipe Hans tem este nome em homenagem a Hans Christian Andersen, autor da história na qual Frozen é baseado.

Uma rena sob análise: Uma rena de verdade foi levada até os estúdios da Disney, para que os animadores pudessem estudar seus movimentos e maneirismo para a criação do personagem Sven.

Participação especial: Quando os portões se abrem durante "For the First Time in Forever" é possível ver uma participação especial dos personagens Rapunzel e Eugene, de Enrolados (2010). Eles aparecem à esquerda da tela.

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