1 de abr. de 2014

Leitura: A Zona Morta (The Dead Zone)

Título: A Zona Morta (The Dead Zone)
Autor: Stephen King
Ano de publicação: 1979
Gênero: Ficção Científica / Romance / Suspense

Edição Normal (capa ao lado)

Edição: 1
Editora: Objetiva
ISBN: 9788573028829
Ano: 2007
Páginas: 492
Tradutor: Mario Molina

Edição de Bolso

Edição: 1
Editora: Ponto de Leitura
ISBN: 9788573029895
Ano: 2009
Páginas: 611
Tradutor: Mario Molina

Sinopse

Johnny Smith é um simplório professor secundário, acorda de um coma de cinco anos aparentemente sem sequelas, a não ser por uma área de seu cérebro danificada, que o impede de reconhecer certos objetos. Os médicos dão a essa área o nome de zona morta.

Mas a zona morta abriga muito mais do que memórias esquecidas. Por conta dela, Johnny desenvolve o poder de prever o futuro. Isso também é sua condenação - nela cresce um tumor que rapidamente suga suas energias.

Após conhecer Greg Stillson, um inescrupuloso candidato a deputado, Johnny tem terríveis visões do político como presidente dos Estados Unidos e o país mergulhando numa guerra nuclear. Perturbado, ele terá que enfrentar o difícil dilema: sofrer em silêncio, sabendo das tragédias que virão, ou matar Stillson, numa desesperada tentativa de impedir a catástrofe prenunciada. 

Vai Lendo!

Esse foi o quarto livro do Stephen King que li e algumas pessoas me disseram que era fraco já outros ressaltaram o quanto esse livro era incrível. Concordo com a segunda opinião. A Zona Morta é incrível! 

"Terrível" habilidade que o tio King tem de nos prender logo nas primeiras páginas. Comecei a ler e não conseguia parar. Fiquei até triste por ter lido rápido demais! De cara a história sobre o garoto que bateu a cabeça quando pequeno e passou aos poucos a ver coisas do futuro e do passado sobre as pessoas ao tocá-las e que após um segundo acidente (dessa vez bem mais grave) esse "poder oculto" fica ainda mais forte, é incrivelmente interessantíssima. E sensacional o sentimento de nostalgia e tristeza que as histórias do King te passam, aquele melancólico pensamento de "e se o personagem não tivesse tomado essa decisão?", "e se as coisas não tivessem acontecido desse jeito?". Tive essa sensação com o final de Carrie, do Iluminado e de Christine. Porém em A Zona Morta essa sensação te atinge logo nos primeiros capítulos. E ao mesmo tempo que é triste, é intrigante, pois te deixa ainda com mais vontade de saber o que acontecerá no final.

Capa da edição de 1985, da Editora Abril.

O desenvolvimento da história e dos personagens é perfeito. As conversas, os momentos dramáticos, os trechos mais sombrios (de um certo personagem um tanto quanto sociopata), tudo é desenvolvido de maneira tão real que você quase sente o que os personagens sentem. Então se o livro é tão bom assim, porque alguns dizem que não é?

Primeiro acredito que nesse caso depende da opinião do indivíduo. Segundo que este não é um suspense tão intenso quanto o de outros livros do King. Não tem monstros, hotéis malignos, carros assassinos, cemitérios indígenas e muitas mortes. Bom, tem morte. Tem até um serial killer e um sociopata. No entanto, acredito que o foco do livro é mais a escolha e não unicamente o suspense. A escolha de salvar muitas pessoas ou se salvar, a escolha de deixar o passado para trás ou querer ele de volta, a escolha de ajudar alguém ou não e a escolha de usar ou não seus poderes. Tudo no livro depende da escolha de um personagem, John Smith (Johnny). Tudo depende se ele vai ou não vai fazer alguma coisa. E isso é muito, muito bacana!

Também tem a questão de envolver política e isso pode ir contra o gosto de algumas pessoas. Confesso que até eu quando fui ler pensei que ficaria só nessa ladainha política e acabaria me estressando. Mas não é isso. Tem política sim, porém tantas outras coisas acontecem! Tanta coisa intrigante, tantas histórias paralelas, tantos dramas, tantos mistérios. A própria questão política acaba se tornando interessante. Sei lá, não consegui detestar absolutamente nada desse livro, pelo contrário: já se tornou um dos meus favoritos!

Tem até aquela coisa legal de mostrar um personagem e você ficar assim "tá, mas qual é a desse cara?" e aí, quando você até esqueceu daquilo, o personagem reaparece e você entende para que ele servia. Um estilo de contar história semelhante ao do Breaking Bad e que foi um detalhe fantástico da série que agradou muitas pessoas.

No mais, é um livro fantástico que vale a pena sim ter na sua coleção. E vale muito! Mais uma obra impressionante e extremamente bem escrita do mestre Stephen King. Não vou escrever mais pois acredito que você deva ler esse livro e também porque o li faz alguns meses e não consigo lembrar de tantos detalhes assim -_-' De qualquer forma, trate de ler A Zona Morta! xP

Onde comprar: adquiri meu livro numa promoção da Submarino, onde a edição de bolso estava 16 reais. As letras são um pouco menores e o livro é mais grosso, porém não achei ruim. Foi uma compra excelente, custo e benefício satisfatórios. Recomendo que você sempre fique de olho nesses sites, em especial Submarino, pois direto eles fazem promoções bem legais dos livros do Stephen King (por exemplo: adquiri a edição de bolso do excelente Christine por apenas 9 reais xD).

Edição de bolso: na Americanas, na Submarino e na Saraiva.
Edição normal: na Saraiva.

Sobre o filme: Comecei a assisti-lo faz uns meses e por vergonha alheia parei de assistir após uns 20, 30 minutos. Achei tosco em vários sentidos, apesar do protagonista ser um excelente ator (Christopher Walken) e da nota no IMDb ser razoavelmente alta. Ainda penso em dar uma segunda chance à produção, só que é complicado você ler um livro assim e perceber que o filme cortou partes importantíssimas e acrescentou partes toscas que nem estavam na trama original. Caso você tenha visto o filme A Hora da Zona Morta (1983) e não tenha gostado, não se preocupe que o livro é bem diferente. Um dia falo sobre o filme aqui, quando tiver a paciência de vê-lo...


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