Título no Brasil: God Bless America
Título Original: God Bless America
Ano de Lançamento: 2011
Nota no IMDb: 7,3
Gênero: comédia/ação
País de Origem: EUA
Duração: 105 minutos
Direção: Bobcat Goldthwait
Estreia no Brasil: ---
Estúdio/Distrib.: Darko Entertainment, Jerkschool Productions
Idade Indicativa: 18 anos
Elenco: Joel Murray, Tara Lynne Barr, Mackenzie Brooke Smith
Sinopse: Em uma missão para livrar a sociedade de seus cidadões mais futís, o doente terminal Frank faz uma estranha parceria com uma grota de 16 anos chamada Roxy.
Título Original: God Bless America
Ano de Lançamento: 2011
Nota no IMDb: 7,3
Gênero: comédia/ação
País de Origem: EUA
Duração: 105 minutos
Direção: Bobcat Goldthwait
Estreia no Brasil: ---
Estúdio/Distrib.: Darko Entertainment, Jerkschool Productions
Idade Indicativa: 18 anos
Elenco: Joel Murray, Tara Lynne Barr, Mackenzie Brooke Smith
Sinopse: Em uma missão para livrar a sociedade de seus cidadões mais futís, o doente terminal Frank faz uma estranha parceria com uma grota de 16 anos chamada Roxy.
Vai lendo!
God Bless America é um filme lançado em maio de 2011, escrito e dirigido pelo ator e comediante Bobcat Goldthwait, narra a história de Frank
(Joel Murray), um quarentão sem família, sem emprego e em estágio
terminal devido a um tumor no cérebro, que decide cometer suicídio. Mas
no último instante, tem a epifania de que pode fazer algo maior para a
sociedade: matar os acéfalos da nossa geração.
God Bless America não ganhou muito destaque mundialmente
(acredito que foi produzido independentemente), parece que nem chegou
aos cinemas brasileiros. Recebeu algumas críticas negativas por gente
que considerou que ele fazia apologia a armas e a violência. Entretanto,
God Bless America é uma forte crítica à sociedade capitalista
que se estabeleceu no mundo atual - sem sombra de dúvidas, em toda sua
simplicidade, um dos melhores filmes dos últimos anos.
"Eu odeio meus vizinhos. A estupidez constante que exala de seu
apartamento é absolutamente devastadora. Não importa o quão educadamente
eu lhes peça para serem corteses, eles são incapazes de entender que
suas ações afetam os outros. Eles têm uma completa falta se consideração
pelos outros. E um exagerado senso de quanto valem eles próprios. Eles
não têm decência, nem se importam, nem têm vergonha. Eles não se
importam se eu sofro de enxaquecas ou insônia. Não se importam que eu
precise trabalhar. Ou que queira matá-los. Eu seu que não é normal
querer matá-los..."
Depois de ver uma patricinha gritando com os pais por não ter ganhado o
carro do modelo que ela queria em um programa de TV, Frank decide
matá-la como último gesto de bondade para o mundo. Durante o processo de
aniquilação da patricinha ele acaba se esbarrando com Roxy (Tara
Lynne Barr), uma garota de 16 anos que compartilha o mesmo pensamento
de Frank sobre a estupidez da humanidade. A garota confessa a sua
difícil vida com uma mãe drogada e um padrasto que a molesta e assim os
dois se tornam cúmplices de um plano de matar as pessoas que merecem.
Sim, acontece dessa forma: rápido e natural. Roxy aceita o fato de Frank
ter matado uma adolescente, toma isso como natural e Frank aceita a
companhia da garota sem pensar que isso possa trazer problema. O filme
não tem nenhuma cena dramática, daquelas que mereça o Oscar. Os
protagonistas fazem muito bem seus papeis, tomam tudo como natural, sem
exaltações. Eles atiram e esfaqueiam os outros e não sentem remorso, não
tremem. É como se o que eles estivessem fazendo algo muito normal,
cotidiano. Isso faz com que o foco fique na crítica social e não nos
personagens (que mesmo assim são cativantes).
![]() |
Frank e Roxy |
"Não é divertido rir de quem nem está lá. É o mesmo show de
aberrações que sempre aparece quando um poderoso império começa a ruir.
American Superstars é o novo Coliseu. Eu não vou participar e assistir
um programa que mostra pessoas fracas e retardadas para nos entreter. Eu
estou cansado. Realmente. Tudo é tão cruel. Eu só queria que tudo isso
terminasse. [...] Viu, ninguém fala mais sobre nada. Apenas regurgitam o
que vêem na TV, ouvem no rádio ou vêem na web. Quando foi a última vez
que você realmente conversou com alguém, sem que ficasse mandando
mensagens ou olhando para uma tela ou monitor? Uma conversa sobre algo
que não fosse celebridades, fofocas, esportes ou política? Sobre algo
importante. Algo pessoal." - Frank
Aparte da atuação dos protagonistas, o elenco de apoio também faz um
trabalho ótimo. Principalmente os atores que reproduzem apresentadores
ou participantes de programas de TV (Frank fica assistindo TV e passando
os canais, e vários programas são reproduzidos, assim como comerciais e
notícias). Esses momentos de programas levam os espectadores a
analizarem criticamente a programação que existe hoje na TV e perceberem
como são quadros frívolos, completamente fúteis.
![]() |
Roxy e Frank |
"Eu defenderia a sua liberdade de expressão, se achasse que estava
ameaçada. Eu defenderia a sua liberdade de expressão de querer mostrar
piadas racistas de gays, de estupros e de mau gosto sob o pretexto de
ser "ousado", mas isso não é ser 'ousado", isso é apenas o que vende.
Eles não podiam abusar mais da baixaria comercial. Porque essa é a
geração do "não, você não pode dizer isso". Onde um comentário chocante
tem mais peso do que a verdade. Ninguém mais tem vergonha, e nós
deveríamos celebrar isso? Eu vi uma mulher jogando um absorvente usado
em outra na TV. Em um canal que alega ser para mulheres modernas.
Crianças batendo umas nas outras e postando no Youtube. Lembra-se quando
comer ratos e vermes em "Survivor" era chocante? Hoje é quase banal.
Tenho certeza de que as meninas de "2 Girls, 1 Cup" vão ter seu próprio
programa de encontros a qualquer momento. Assim porque ter uma
civilização se não queremos ser civilizados?" - Frank
Em quesitos técnicos o filme não tem nada de extraordinário. Tem uma
trilha sonora recheada de canções diversificadas, incluindo Alice Cooper (que
é elogiado por Roxy em determinado momento do filme em um monólogo
sobre a originalidade e pioneirismo do cantor). A fotografia é normal,
com alguns quadros belos. Os efeitos especiais convencem: as mortes não
são gráficas, ainda assim os tiros convencem. O forte mesmo é a
história. As quase duas horas de filme passaram voando. Nem acreditei
que, quando comecei a assistir, olhei para o relógio e já haviam se
passado 40 minutos. Por Frank estar em estado terminal você consegue
imaginar como será o final, aí o filme te surpreende um bocado
apresentando um elemento novo que te obriga a desconsiderar o que você
havia pensado..
.
.
God Bless America entrou para minha lista de filmes que deveriam
ser assistido por todos. Os monólogos de Frank fazem qualquer um
repensar a vida e ver como os seres humanos estão se comportando de
maneira tão fútil na sociedade.
![]() |
Joel Murray (Frank), Tara Lynne Barr (Roxy), Bobcat Goldthwait (diretor e roteirista) |
"Meu nome é Frank. Mas isso não é importante. O que importa é: quem
são vocês? A América se tornou um lugar cruel e corrompido. Nós
recompensamos o que há de mais superficial, mais estúpido e mais
barulhento. Não temos mais senso de decência, de vergonha, de certo ou
errado. As piores qualidades nas pessoas é o que nos chama atenção e
atrai. Mentir e espalhar o medo é bom. Contanto que se ganhe dinheiro.
Nos tornamos um país de traficantes de ódio e injustiça. Nós perdemos a
nossa bondade. Nós perdemos a nossa alma. O que nos tornamos? Pegamos os
mais fracos da nossa sociedade, ridicularizamos e rimos deles por puro
entreterimento. Rimos deles até o ponto em que prefiram se matar do que
continuar vivendo conosco." - Frank
Nota (0-10): 10 (O filme é simples, mas traz uma mensagem que precisava ser ouvida por muita gente...)
TRAILER
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