2 de fev. de 2012

Martin

Título Original: Martin
País de Origem: EUA
Duração:
95 minutos
Ano de lançamento:
1976
Direção e roteiro:
George A. Romero

Elenco: John Amplas (Martin), Lincoln Maazel (Cuda), Christine Forrest (Christina), Elyane Nadeau (Sra. Santini), Tom Savini (Arthur), Francine Middleton (vítima no trem), Sara Venable (vítima dona de casa), George A. Romero (Padre Howard), J. Clifford Forrest Jr. (Padre Zulemas)[+]

Sinopse: O jovem Martin é um vampiro (ou acredita ser um). Com o objetivo de curar sua maldição e se integrar socialmente, Martin vai morar em uma cidadezinha com um primo bastante religioso chamado Tuda Cuda. Cuda oferece sua ajuda, mas com a condição de que Martin não mate ninguém dentro da cidade, caso contrário o destruirá. 

Vai Lendo!


Pois é amigos leitores, depois de um ano de ausência finalmente resolvi dar as caras por aqui. Também não poderia ser diferente, depois desse especial bacana organizado pelos companheiros Ninne e DiMarti, e ainda por cima homenageando o grande mestre George Romero, eu realmente me obriguei a sair dos claustros de minha vida de ermitão internético e me socializar novamente com vocês.

Este talvez seja um dos trabalhos menos conhecidos de George Romero, e por isso mesmo foi o filme escolhido por mim para participar do especial. Mas apesar de pouco conhecido pelo público geral, Martin colecionada inúmeros fãs, e basta uma pesquisada na internet que o leitor irá se deparar com inúmeras críticas positivas a respeito do filme.


Mas o que penso a respeito de Martin? Acredito que talvez o trabalho de Romero seja um pouco superestimado aqui, é inegável que o filme é recheado de problemas, sendo o principal a falta de um orçamento mais rechonchudo, e acredito que graças ao baixo orçamento o filme tenha um ritmo um tanto quanto lento.Mas além desses problemas é visível o talento de Romero para contar uma boa história.

Para início de conversa para que você caro leitor possa apreciar este filme, acredito que deverá esquecer todos os filmes sobre vampiros que já assistiu, esqueça os seres sobrenaturais poderosos e sedutores, esqueça os assassinos frios e calculistas cujos dentes crescem, esqueça todo e qualquer conceito que tiver a respeito deles, o foco da coisa aqui é diferente.


Martin é um jovem anti social, tímido, desajustado e de poucas palavras, exatamente como certa parcela dos jovens o são. Mas além dessas características, Martin tem um problema a mais: ele também é um vampiro (ou acredita ser um).

Um primo distante, chamado Tuda Cuda, oferece sua ajuda a Martin. Cuda é um idoso linha dura e bastante religioso, mas oferece a Martin um teto, um emprego e o mais importante: a salvação de sua alma.

Para que isso aconteça Cuda impõe três condições a Martin: ele não deve entrar no quarto de Cuda, ele não deve conversar com a neta de Cuda, e principalmente não deve fazer vítimas dentro da cidade, caso não cumpra essa exigência específica Martin será destruído.


Só que o filme nos questiona o tempo todo a veracidade do fato de Martin ser um vampiro. O rapaz acredita que o é, inclusive em determinado momento revela para Christina, a neta de Cuda, que possui 84 anos. O próprio Cuda também acredita piamente que o rapaz seja um vampiro, mostrando para neta provas “irrefutáveis” da maldição que assola a família. 

Mas o comportamento perturbado de Martin já faz com que questionemos as suas ações. Sim, ele sente necessidade de sangue, mas para fazer suas vítimas o rapaz não se vale de nenhum artifício sobrenatural, se utiliza de drogas para dopá-las e uma lâmina de barbear para beber seu sangue.



Martin ainda discute constantemente sua condição com o primo Cuda. Enquanto o mais velho tenta a todo custo mostrar a Martin o seu mal, o rapaz o provoca desafiando seus amuletos que não o fazem mal nenhum. Embora acredite ser um vampiro, Martin refuta todas as implicações místicas, sempre afirmando: “Não é mágica!”.

Durante seus ataques, o filme nos mostra flashbacks em preto e branco de um possível passado de Martin, onde o rapaz faz uma vítima, onde padres tentam um exorcismo e é perseguido, tudo isso em uma época antiga. Mas será que isso prova que ele seja realmente um vampiro? Ou seriam devaneios da mente perturbada de um sociopata?


A obra de Romero sempre foi permeada de questionamentos e críticas sociais. Em Martin não é diferente, o filme é muito mais um drama sobre solidão do que um filme de terror em si, logicamente conta com uma dose de violência nos ataques do jovem vampiro. Mas aqueles que assistirem querendo algo mais convencional sairão decepcionados... 

Eu particularmente gostei do conjunto da obra, embora o ritmo lento tenha incomodado um pouco.

Nota (0 - 10): 7


Trailer:



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