20 de jan. de 2012

Fausto (Faust)

Título no Brasil: Fausto
Título Original em Alemão: Faust – Eine deutsche Volkssage
País de Origem: Alemanha
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 106 min. 
Ano de Lançamento: 1926
Estúdio/Distrib.: UFA
Direção: F. W. Murnau 

Elenco: Gösta Ekman (Fausto); Emil Jannings (Mefisto); Camilla Horn (Gretchen); Frida Richard (mãe de Gretchen); William Dieterle (Valentin); Yvette Guilbert (Marthe Schwerdtlein); Eric Barclay (Duque de Parma); Hanna Ralph (Duquesa de Parma); Werner Fuetterer (Arcanjo); Anderhusan von Arteblach (tia de Gretchen). [+]

Sinopse: Baseado na famosa peça de Goethe, temos Fausto, um velho alquimista que vê sua cidade ser assolada pela peste negra. Vendo tanta morte, começa a pensar sobre sua própria finitude. Ele então evoca Mefisto, e lhe pede sua juventude de volta e eterna. O demônio a garante, em troca da alma de Fausto. Tudo parecia perfeito, até este se apaixonar por uma jovem italiana. Marco absoluto no cinema alemão, é o último filme de Murnau no país.

Vai Lendo!

Clássico alemão, Fausto é um filme super clichê que aborda assuntos relacionados a ambição humana e a bondade. Daqui já saem embalados e prontos para consumo vários artifícios de sedução e corrupção que o velho capeta utilizará até os dias de hoje, nos filmes. O longa é uma clássica disputa entre o bem e o mal, e como é clichê, fica óbvio quem vence, entretanto vale observar os efeitos empregados no filme, que para a época eram impressionantes, e o jogo de iluminação ajuda muito na criação dos ambientes que cercam a trama, efeitos que só filmes em preto e branco conseguem atingir, apesar de tudo.


Coisa boa é que não vem por aí.
A história é inocente e hiper simples, os personagens são planos e estereotipados, porém as atuações não deixam a desejar, o elenco é bem expressivo e competente. Definitivamente uma obra de arte em valores visuais, com um diabo repugnante, entretanto simpático e sorridente e um protagonista angustiado e indeciso. Como disse, a trama é simples, mas é bem desenvolvida, fornecendo algumas reviravoltas previsíveis e, ao mesmo tempo, levemente tocantes. A estética da obra é realmente um ponto positivo que se sobressai entre as limitações de produção.


E o destino do mundo está na mão do velho barbado.
Fausto (o filme, não o personagem) tem vários pontos negativos também, entre eles a limitação do enredo. Aliás, todos os defeitos do filme se baseiam em “limitação”, mas vale lembrar que todos os argumentos apresentados são relativizados, ou seja, são referentes a época que o filme foi criado. Os efeitos visuais não têm a mesma qualidade que em Nosferatu, porém foram mais explorados, e de certa forma essa experimentação não foi tão prejudicial, apesar de nem sempre serem convenientes. Não acho o filme ruim, pois tem até um grande potencial, e Murnau não fez um mau serviço.


Não há lugar melhor do que o lar.
Obviamente, o filme também é mudo, entretanto não consigo enxergar essa característica como depreciativa. Novamente, para os fãs de filmes antigos e para quem procura algo interessante para ver, eu recomendo que assistam Fausto. O filme é clichê, previsível, e não tem nada de assustado para nós do pós década de oitenta, mas se deixarem de lado todo o preconceito e se derem a liberdade para experimentar assistir a esse filme, creio que a experiência não será ruim. Eu acho que vale a pena, por isso eu tento convencê-los a darem uma chance para os vovôs do cinema, mas no fim, a opção é de vocês.

Nota (0-10): 8

Trailer

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