Gênero: Survival Horror/Terror/Gore
Classificação: Maiores de 18 anos
Número de jogadores: 1 (Single Player) e até 8 (Multiplayer)
Lançamento: Janeiro de 2011
Produzido por: Electronic Arts e Visceral Games
Plataformas: PlayStation®3, Xbox®360 e PC
Sinopse: Após acordar de um coma em uma enorme cidade espacial conhecida como A Expansão (The Sprawl), Isaac Clarke deve lutar contra a demência, o governo e visões de sua namorada morta enquanto domina um horrível novo ataque de Necromorphs.
Vai lendo!
É, povo, eu não morri nem deixei de participar do blog. Apesar da
SPOILERS! Simples assim.
O último jogo do qual falei foi exatamente seu antecessor, Dead Space. Um ótimo jogo de terror, visceral, violento e bem temperado com elementos interessantes. Obviamente a Electronic Arts não ia deixar o sucesso passar batido e tratou logo de criar a seqüência, batizada apenas de Dead Space 2 — estilizado como DEAD SPACE 2 (ainda bem! acho ridículos certos "sobrenomes" que ficam inventando pros jogos ¬¬). Antes de mais nada, confiram aí um trailer (infelizmente, só em Inglês) sobre o que aconteceu até agora:
O jogo prometia continuar tendo os mesmos elementos que tornaram a série tão famosa: Necromorphs (aqueles bichinhos lindos que atacavam você com uma doçura nunca dantes vista... xD), lugares no espaço e desmembramentos pra todo lado. O protagonista era Isaac Clarke, de volta depois de acabar com o planeta Aegis VII, mas sem uma explicação muito bem definida. Porém, havia algo novo: ele estava totalmente perturbado e tendo visões
A campanha de divulgação do jogo foi, na minha humilde opinião, ridícula. Não por ser malfeita, mas por ser extremamente forçada e usar algo desnecessário. Além dos vídeos típicos mostrando a jogabilidade e tal, inventaram uma campanha chamada de "Sua mãe detesta Dead Space" ("Your mom hates Dead Space"). Nela foram divulgados vários vídeos da reação de mães ao verem as cenas de desmembramentos e mortes em Dead Space 2. Ridículo por quê? Simples, a imagem dos gamers já não é boa (nem lá fora e muito menos aqui no Brasil) e isso ajudou mais ainda a criar fama de que jogos sangrentos deixam as pessoas violentas e são coisas absurdas que só gente com problemas mentais deve gostar.
[pausa para reflexão
Sou totalmente contra esse tipo de suposição/afirmação. Jogos não influenciam pessoas a menos que elas se deixem influenciar, seja por eles ou por qualquer outra coisa no mundo (fumantes, por exemplo, que geralmente começam a fumar porque os pais e amigos fazem isso). Eu, por exemplo, sempre fui fã de Mortal Kombat e outros jogos considerados violentos ou bizarros/perturbadores (Silent Hill, oi!), mas não virei nenhum serial killer e muito menos um maníaco macabro fanático por rituais de outro mundo. Colocar a culpa de uma condição psicossocial em jogos não faz sentido algum, ou então eu poderia começar a dizer que as meninas de hoje engravidam mais cedo porque as novelas só mostram baixaria (e isso, todos sabem, é a pura verdade). Absurdo, mas enfim.
[acabou a sessão psicanálise]
Essa campanha esdrúxula sujou bastante a imagem de quem gosta de jogos, mas enfim, não teve a repercussão negativa que imaginei. O jogo foi lançado, fez o maior sucesso e agora vamos ver os porquês. Seguem aí quatro trailers do jogo:
Como sempre, iniciamos pela história. Isaac Clarke, engenheiro que foi enviado numa missão de reparos à nave U.S.G. Ishimura, sobreviveu à explosão ocorrida no planeta Aegis VII, conseqüência do impacto de um meteoro. À deriva por três anos, ele foi encontrado e resgatado por uma equipe médica e agora passa por uma consulta médica.
O jogo inicia, de novo, com um vídeo de Isaac conversando com Nicole, aparentemente durante a interrupção da comunicação que ocorreu no primeiro jogo. Na consulta médica Isaac relembra alguns dos fatos que já ocorreram (a descoberta do Marker e as alucinações que ele causava) e em seguida aparece conversando com Franco, outro personagem. Momentos depois o jogo já começa frenético, você deve fugir de um ataque de Necromorphs e do hospital onde está. O detalhe é que Isaac está preso por uma camisa de força e não pode fazer nada além de correr. Quando você finalmente alcança o checkpoint, o médico do início aparece novamente e... OK, sem spoilers dessa parte.
Esse é o início do jogo e daí em diante, tudo volta a ser como era antes em Dead Space. Quer dizer, quase tudo, já que obviamente o jogo trouxe elementos novos. Vou explicar usando o mesmo esquema de sempre: analisando os gráficos, jogabilidade, trilha sonora e história.
Como todo bom jogo que segue uma saga, os gráficos foram melhorados (claro, o jogo saiu três anos depois...). Há mais detalhes nos cenários, porém aquele clima claustrofóbico foi deixado um pouco de lado tanto nas cores (o cinza e o azul predominam em quase todas as partes) quanto nos cenários (é tudo mais aberto e os espaços são maiores). Os elementos dos cenários são interessantes e é tudo razoavelmente convincente. Os Necromorphs são ainda mais medonhos e bem animados. A iluminação é destacada em algumas partes com fachos de luz e vitrais, além da clássica lanterna embutida no Plasma Cutter.
Plasma Cutters são seus amigos (como já diz o título de uma das músicas da trilha sonora do primeiro jogo), e era óbvio que eles retornariam como arma principal do segundo. Junto com ele vieram outras armas também clássicas: o lança-chamas, a arma de serras, a "metralhadora" e a Line Gun (pra mim, a melhor arma de todas, em ambos os jogos). Outras são novas, como o rifle com mira telescópica (vulgo zoom), o lançador de minas e a Javelin Gun (atira lanças eletrificadas), entre outras. Tiros e funções secundárias das armas também voltaram. Os outros equipamentos também estão presentes: o Stasis (a "câmera lenta"), a Kinesis (Telecinese), as botas de gravidade e os acessórios (oxigênio, Power Nodes, recarregadores de Stasis, itens de energia e Schematics de armas e itens). Junto com eles estão de volta as bancadas (Bench), onde você pode melhorar as armas e os atributos de sua roupa (energia, duração do oxigênio, etc.). Não se esqueça, nunca e também, de procurar por Schematics de roupas novas, espalhadas (e geralmente escondidas) pelo jogo.
A jogabilidade é exatamente a mesma, com a única exceção da câmera, que agora vira bem mais rápido (é útil e ao mesmo tempo atrapalha em certas partes). Isaac continua com a habilidade (?) de correr e o jeito de atirar não mudou. Uma das primeiras novidades é o uso do pulo nos ambientes com gravidade zero. No primeiro jogo você podia apenas mirar em algum lugar e pular até ele, mas no segundo é possível flutuar e voar usando jatos de ar. Há propulsores nas botas de Isaac que o ajudam a voar mais rápido quando a situação requer. Outra novidade é que agora o Stasis recarrega com o tempo e você não depende mais apenas dos recarregadores espalhados pelos cenários. Fora isso, além de atacar com as armas, Isaac pode usar a telecinese para pegar objetos e usá-los como projéteis (vassouras, lanças e até as garras de um Necromorph morto).
Há Necromorphs diferentes (aliás, vários deles) que atacam de várias formas e, ao contrário do primeiro jogo, há mais de um Necromorph gigante (não sei se os chamaria de "chefes", já que é possível continuar o jogo sem nem mesmo matá-los). Em determinadas partes do jogo (aliás, logo no início antes de ter sua arma) você precisa hackear mecanismos para abrir portas e continuar.
A trilha sonora foi novamente composta por Jason Graves, mas de certa forma deixa a desejar se comparada à do primeiro jogo. O estilo continua exatamente o mesmo (ainda bem!), mas ele parece ter usado sons sintetizados demais, o que deixou as músicas com certo ar meio artificial. As batidas mais fortes, por exemplo, são bem menos ressoantes que as do primeiro. Não é ruim de forma alguma, mas não chega a ser memorável. Mesmo assim, funciona muito bem e é muito bem composta.
Um ponto positivo do jogo é que o mapa, acessório ridiculamente inútil do primeiro jogo, foi abolido de vez e cedeu seu lugar ao Locator (aquele localizador que emite um feixe de luz azul e mostra o caminho, que já existia antes). A novidade é que o Locator indica também os locais onde há um Save e as Lojas (Stores).
Isaac agora fala (oooh!), além de soltar palavrões quando você está pisando loucamente nos Necromorphs (ou pisando em nada, mesmo xD). Convenhamos que os diálogos do jogo não são um ponto forte, mas ao menos você sabe que ele tem voz :P
O desenrolar da história fica meio confuso (de uma forma um pouco negativa), mas no final dá pra entender tranquilamente tudo o que aconteceu. Há reviravoltas nos fatos e algumas revelações interessantes e a narrativa acaba te deixando curioso(a) para saber como tudo vai acabar. Cismaram de ir mais a fundo com a Unitologia, e isso fica bem evidente durante o jogo (você inclusive visita uma igreja unitóloga). Encheram de mensagens subliminares e frases meio proféticas, dando um ar meio místico ao Marker. Algo parecido com o final do primeiro jogo. Destaque para o estágio onde você atravessa uma escola primária, é uma das partes mais interessantes e perturbadoras do jogo.
Há um determinado tipo de Necromorph que causa pânico toda vez que aparece. Não é grande nem nada (e não sei o nome dele), mas quando surge, fica apenas com a cabeça de fora, "espiando". Logo depois, pula e sai correndo freneticamente em sua direção, com um "grito" meio gutural que causa agonia. Corre muito rápido e quando chega perto, lasca uma cabeçada que te derruba. Acho que é o inimigo que mais causa desconforto quando aparece (da mesma forma como aqueles que explodem causavam em Dead Space).
As alucinações/visões que Isaac tem de Nicole são "perturbadinhas" e ocorrem em momentos legais do jogo. O modo como ocorrem também é interessante, mas isso vocês vão ter que jogar pra conferir
Em um certo capítulo você volta a visitar a U.S.G. Ishimura. Para os que não lembram/conhecem, ela é a nave na qual se passa todo o primeiro jogo! É incrível andar novamente pelos mesmíssimos cenários (apenas sem ninguém ou com alguns elementos aparentemente adicionados depois que você escapou) e levar sustos novos. Certas coisas voltam a acontecer e mesmo sabendo como são os locais, você não sabe o que esperar porque, óbvio, é um jogo novo. Sacada muito inteligente da galera da EA, comigo funcionou muito bem trazendo a "nostalgia", se é que se pode chamar assim, de antes.
Agora vamos aos pontos negativos, que eu gosto tanto de demonstrar (sou um chato de carteirinha, mas vocês já devem ter percebido isso... xD). A primeira coisa é que, assim como no primeiro jogo, Isaac é
Quando sua energia está baixa ocorre o momento mais idiota de todos: o uso dos itens de energia. Suponhamos que você tem em seu inventário 1 item grande, 3 médios e 5 pequenos, e sua energia está no fim. Assim que você aperta o botão para usar um item, ao invés de fazer como no primeiro jogo que usava primeiro os menores, você simplesmente vai desperdiçar o maior de todos! Eles inverteram a ordem, sei lá por que diabos, e isso me atrapalhou MUITO especialmente nas partes em que um Necromorph grudava em mim e eu era obrigado a marretar um pouco o controle para me livrar dele. Era óbvio que, de vez em quando, eu esbarraria no botão de energia sem querer, mas se ao menos tudo continuasse como antes, eu gastaria um item pequeno. Poderia haver uma opção na qual você escolheria qual dos itens prefere usar primeiro, mas não há.
Stross, o cara que aparece quando você está fugindo do hospital no início (e que reaparece logo depois, pelo jogo todo), é o segundo motivo que me irrita. Ele é perturbado psicologicamente (e isso fica bem óbvio), mas ao invés de parecer somente louco, ele fica incomodando Isaac (ou seja, eu/você) com frases chatas, atrapalhando a vida de Ellie e tornando tudo insuportável. Se ao menos ele ajudasse em uma única parte tudo bem, ele teria ao menos um propósito, mas não. Nem mesmo Tiedemann, o capitão da milícia da Terra que é bem hostil e fica ameaçando Isaac, é tão chato.
Pela primeira vez Dead Space tem multiplayer, porém é tudo tão estranho de jogar que a vida útil do jogo não aumenta quase nada. Tentei jogar várias vezes mas nunca há ninguém disponível, e quando há, são jogadores em níveis muito superiores, que te matam com um único tiro. É interessante porque você pode jogar como um militar ou, pasmem, como um Necromorph! Eu fiquei extremamente curioso sobre como jogar sendo um Pregnant, por exemplo, mas falta de balanceamento do jogo te faz perder a vontade de jogar. As sessões deveriam ser entre jogadores mais ou menos no mesmo nível, para que houvesse um desafio moderado. Colocar alguém que acabou de começar (eu) contra alguém que já não tem nem mais o que melhorar (alguém do nível 100, mais ou menos) é ridículo, eu metralho o inimigo e não morro, mas levo um tiro e minha cabeça explode!
O nível mais difícil do jogo (o Hardcore) é um verdadeiro teste de paciência e resistência. Eu tenho uma das maiores paciências do mundo, mas destreza não é meu forte. Nessa dificuldade os inimigos simplesmente te brutalizam, destroem com um único golpe (você perde litros de energia!) e o pior de tudo: você pode salvar o jogo apenas três vezes! Se morrer no meio do caminho, aí danou-se tudo... você volta no último Save, e não no checkpoint. Não é algo impossível de passar, mas requer muita dedicação (e altas doses de Maracugina).
Dead Space 2 é isso, a jogabilidade e o terror consagrado do primeiro jogo com elementos novos muito bem vindos. Não é totalmente inovador porque peca em alguns aspectos, mas ao menos consegue manter a atmosfera tensa que o jogo propôs desde sempre. Quem gostou do primeiro jogo certamente vai gostar do segundo!
jogo bom demais, não tanto medo com o 1º, mas o ps3 é escasso em jogos survival horror. melhorou muito em relação ao 1 e espero o mesmo do dead space 3.
ResponderExcluirEu particularmente nao assisti o primeiro longa e esse mas esse tipo de filme nao me chamou muito a atencao mas muito.interessante ser baseado.no jogo.
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